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Eles não


Saiba como alguns candidatos se manifestaram no que diz respeito aos direitos das mulheres. As mulheres não ganham espaço nos programas de governo dos candidatos ao planalto.

Geraldo Alckmin de todo seu plano de governo é o único que cita as mulheres, com a proposta “ estabelecer um pacto nacional para a redução de violência contra idosos, mulheres e LGBTI e incentivar a criação de redes não-governamentais de apoio ao atendimento de vitimas de violência racial e contra o tráfico sexual de crianças”, ou seja, somente diretrizes de governo, não se posicionando de fato sobre o assunto.

Marina Silva defensora da previdência afirma fazer “um tratamento especial para as mulheres na reforma”. Sobre o aborto a candidata se posiciona contrária e pede um plebiscito não só de mulheres mas que envolva toda a população.

Entrando agora na categoria “machismo” temos o candidato Eduardo Jorge (PV). Ele apesar de defender a legalização e descriminalização do aborto, escorregou no seu machismo naturalizado em um debate da Rede Bandeirantes, dizendo que “ se fosse feita uma auditoria da vida pública ela sairia magrinha como Marina”. Lembrando que as mulheres enfrentam nas suas candidaturas uma forte pressão misógina e são avaliadas por roupas e fisionomia.

O machismo ainda é um comportamento arraigado da sociedade conservadora que tem como candidato preferido Jair Bolsonaro, despeitoso, autoritário, defensor da violência, racista, homofóbico, machista, fascista e entre outros termos pejorativos. Pela primeira vez existe uma enorme distância de gênero nessas eleições, a tendência dos seus votos é majoritariamente masculino, branco e rico. O “bozo” atinge a sociedade em diferentes temas, sendo fruto da penúria econômica, de falência democrática neste país arraigado de “crise de macho” violência e insegurança.

O feminicidio para ele não passa de “mimimi’’, sendo um crime no qual o gênero da vitima é determinante para o delito. A taxa no Brasil é a quinta mais alta no mundo, segundo o Forum Brasileiro De Segurança Pública. Desmistificando o padrão do crime ele diz “Se uma pessoa matar o meu pai ou a minha mãe, eu vou me sentir triste de qualquer maneira”; “não tem que ter Lei do Feminicídio”. Diante de tanta injustiça vale lembrar que as mulheres compõem cerca de 52,5% da população brasileira. Bolsonaro ainda é autor das 'pérolas': "Só não te estupro porque você é mulher" e "Por isso que o cara paga menos para a mulher! É muito fácil eu, que sou empregado, falar que é injusto, que tem que pagar salário igual. Só que o cara que está produzindo, com todos os encargos trabalhistas, perde produtividade. O produto dele vai ser posto mais caro na rua, ele vai ser quebrado pelo cara da esquina. Eu sou um liberal, se eu quero empregar você na minha empresa ganhando R$ 2 mil por mês e a Dona Maria ganhando R$ 1,5 mil, se a Dona Maria não quiser ganhar isso, que procure outro emprego! O patrão sou eu".

Ciro Gomes resolve tudo também na base de machismo. ''Você acha que um marginal como Eduardo Cunha me derrubaria? É preciso ser muito mais homem que eu para me derrubar.” , pré candidato do (PDT) à presidência da republica, sua visão de mundo se resume há “homem” e “poder”. Vemos isso no seu discurso ao falar de Marina: “Não a vejo com apetite de ser candidata. Não vejo ela com a energia e o momento é muito de testosterona. Eu não elogio isso, é algo do Brasil. É um momento muito agressivo, e ela tem uma psicologia muito avessa a isso". Alguns de seus eleitores justificam sua ação reiterando como deslizes, mas ressalto e finalizo dizendo que a linguagem só existe pela produção de sentidos.


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