As mulheres possuem os trabalhos mais precários, recebem menos que os homens e ainda cabe a nós, após uma extensa jornada de trabalho, realizarmos as tarefas domésticas. A violência também afeta as trabalhadoras de forma mais direta, pois somos nós as principais vítimas de estupros (a cada 10 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, segundo o Mapa da Violência), moramos em bairros mais afastados e saímos mais tarde do trabalho o que facilita esse tipo de ataque. Nós, trabalhadoras, também somos as que mais morrem em clínicas de aborto clandestinas porque o Estado nos nega o direito ao aborto legal, seguro e gratuito, enquanto aquelas que possuem melhores condições financeiras abortam facilmente em ótimas clínicas especializadas.

De acordo com essa realidade, sabemos que a luta contra o machismo é fundamental, no entanto, entendemos que só seremos realmente livres em uma sociedade socialista, pois enquanto vivermos no sistema atual conseguiremos pequenas conquistas com muita luta, mas jamais deixaremos de ser exploradas. Portanto, realizamos encontros, discussões, estudos, participamos de atos e executamos outras atividades com o intuito de destruirmos o capitalismo para que assim possamos construir uma sociedade realmente justa para mulheres e homens.